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Peso
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Metadados
Miniatura
Número de registro
52.001.VIII/030.009
Outros números
59
Situação
Localizado
Denominação
Peso
Título
Peso Monetário
Autor
Resumo descritivo
Cone truncado com frisos incisos no interior.
Altura
03 (maior)
Diâmetro
05 e 03 (maior e menor)
Técnica
Marcas/Inscrições
Nº 6
Local de produção
Data de produção
Modo de aquisição
Transferência
Data de aquisição
1952
Procedência
Fonte de aquisição
Casa de Fundição de Vila Boa
Tema
Histórico/Observação
Medida p/ ouro. Servia p/ medir o peso do ouro p/ a cunhagem das moedas.
Este objeto era a forma de medida de ouro em pó (antes da fundição) para a cobrança do quinto que era o imposto pago à Coroa Portuguesa de 20% (1/5) de todo ouro ou outros minérios e pedras preciosas extraídas nas minas das colônias. Seu formato em cone – parecido com um pequeno pote de diversos tamanhos e já com a medida prévia. Eram guardados no quinteiro sob a responsabilidade do intendente das capitanias. Após sua medição, o minério era encaminhado para as Casas de Fundição que tinha, entre suas atribuições, a fundição do ouro. Após esse processo, enviados para as casas de moedas para ser cunhados.
A primeira Casa de Fundição foi construída em São Paulo, 1580. Posteriormente duas, em 1650 na Capitania de São Vicente – Iguape e Paranaguá. Para atender a demanda de Minas Gerais, fora instalada em Taubaté em 1695, a chamada “Oficina Real dos Quintos”. A partir da Lei de 11 de fevereiro de 1719 que regulamentava e aplicava a cobrança do quinto das colônias mineradoras, com o intuito de inibir o contrabando de minérios e pedras preciosas cada vez mais frequentes na época, criou-se diversas outras Casas de Fundições espalhadas pelo território brasileiro.
A Casa de Fundição das Capitanias de Goiás, criada em 1752, mas aberto ao funcionamento um ano após, ficou instaurada até 1822. Após seu fechamento, segundo dados históricos, funcionou como a “Typografia Provincial”, residência, deposito de material bélico da Guerra do Paraguai, Sede da Justiça Federal (antes da criação do Estado Novo). Localizada na Rua Senador Caiado (Goiás/GO), está no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico inscrito em setembro de 1978 e no Livro de Belas Artes em abril de 1951. Faz parte do Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da Rua João Pessoa, antiga Rua da Fundição.
Em sumo, as Casas de Fundição foram as primeiras instituições destinadas ao controle e arrecadação de impostos no Brasil. Funcionavam com um provedor sob o auxílio de escrivães, fundidores, ensaiadores, cunhadores, meirinhos, tesoureiros e fiscais.
A técnica de cunhagem de metais (moedas) surgiu ainda no ano de 700 a.C. na Lídia (território Turco). Consiste em prensagem do minério – ouro, prata ou bronze através de uma prensa de base retangular fixada à bancada. Manivela horizontal com dois punhos filetados, terminada por pino. Rosca terminada por disco com haste para medir altura na guia. Com a quantidade certa do material a ser cunhado, eram colocados em um orifício raso com moldes em areia, aquecidas e posteriormente resfriadas. Está técnica ainda é utilizada nos dias atuais.
Nas Capitanias de Goiás, as moedas cunhadas foram proibidas sob a Carta Régia de 1735, com isso o comercio era feito com o ouro em pó que custava 1$200 (1,200 réis) a oitava que equivalia à 3.585 gramas. (Anais da Província de Goiás, Goiânia, 1979). A fabricação de moedas era eficiente para a guarda das riquezas à serem enviadas à coroa.
Para saber mais:
ALENCASTRE, J. M. P. Anais da Província de Goiás. Goiânia: Sudeco, 1979.
MAURA, Nádia Mende de. In: Goyazes e Suas Filigramas (c.1726 – 1830). São Paulo, 2018. Tese (Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Área de concentração: História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo.
PALACÍN, Luís. O Século do Ouro em Goiás: 1722-1822 estrutura e conjuntura numa capitania de minas. 4. ed. Goiânia: Editora da UCG, 1994.
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