-
Prensa
- Voltar
Anexos
Metadados
Miniatura
Número de registro
54.001/030.062
Outros números
44
Situação
Localizado
Denominação
Prensa
Título
Prensa de cunhar moedas
Autor
Classificação
Resumo descritivo
Base retangular com orifícios, dois na frente e um atrás para fixação à bancada. Haste em curva com guia para altura. Manivela horizontal com dois punhos filetados, terminada por pino. Rosca terminada por disco com haste para medir altura na guia.
Altura
57
Largura
48
Comprimento
22 (da base)
Técnica
Marcas/Inscrições
Ausência de inscrições
Local de produção
Data de produção
Modo de aquisição
Transferência
Data de aquisição
1954
Procedência
Fonte de aquisição
Casa de Fundição de Vila Boa | Arquivo da Delegacia Fiscal
Histórico/Observação
Consta do livro inventário, sob o nº 59.
A prensa é um objeto de base retangular fixada à uma bancada. Possui uma manivela horizontal com dois punhos filetados e rosca terminada por um disco com o objetivo de cunhar moedas, medalhas, etc.
No dicionário “cunho” significa “peça de ferro inscrita e gravada em côncavo para marcar em relevo moedas e medalhas”. Ou seja, a cunhagem é um processo que estampa uma figura numa peça metálica para diversos fins. Na ponta da prensa tem o cunho que nele está esta figura a ser estampada por forma de pressão servindo também para dar forma circular ao objeto cunhado.
Nas primeiras técnicas as cunhagens eram feitas por martelos, com o aprimoramento dos mecanismos, passaram a utilizar a máquina de cunhagem por parafuso, prensa e posteriormente (atualmente nas grandes fábricas) os processos mecânicos.
“(...)Um disco de metal era inserido em uma bigorna que havia sido previamente preparada com uma matriz em negativo do design a ser cunhado. O outro lado era afixado a um pequeno cunho, colocado por cima do disco a ser cunhado. O fabricante de moedas segurava o cunho no lugar com uma mão, e depois batia um martelo de 2 quilos no topo do cunho” (BULAD, 2019. Artigo do site “Numismática Castro)
O desenho cunhado ficava em alto-relevo.
A máquina de cunhagem por parafuso foi inventada em 1550 pelo alemão Marx Schwab, um ourives, que conseguiu moedas idênticas e perfeitamente redondas. A técnica foi popularizada por Henrique II de França (1547-1559) e alastrada durante a Era Industrial nos séculos XVIII e XIX. Com Diedrick Uhlhorn, mecânico alemão, em 1830, introduziu a prensa ao mercado de consumo que substituía a pressão do parafuso por uma alavanca.
Com o avanço da tecnologia, a pressão deu espaço para o vapor e posteriormente eletricidade e uso de modernos computadores dando maio resultado na forma e identicidade das moedas produzidas, além da quantidade de produção que outrora não era possível conseguir.
Vindo para o Brasil, a priori, é necessário destacar que as moedas emitidas pela Coroa tinham o seu valor intrínseco, ou seja, ela mesma já possuía o valor pela natureza do seu material, metais como ouro e prata. Isso se dá pelo próprio valor dos metais e a dificuldade de possíveis falsificações pelos seus pesos e volumes. Essas moedas eram utilizadas para o acumulo de riquezas que posteriormente tiveram que disponibilizar moedas de cobre para o uso doméstico (comércio nas colônias) e construção de infraestruturas como estradas, barreiras, etc.
Em Goiás, a troca de mercadorias e o uso do ouro em pó foi recorrente até meados do século XIX, pois existia uma escassez de moedas e estas eram disponibilizadas para as mãos de poucos que estruturaram a elite goiana. Os governantes da Coroa se preocuparam tanto com as falsificações recorrentes das colônias quanto ao contrabando à recolha de impostos. Com isso, a população do sertão goiano viveu por muito tempo sem dinheiro e seu valor intrínseco, tendo o produto, moeda, como sustentação de status sociais junto ao acumulo de bens colocando em evidência a diferença de classes vista até os dias atuais. Podemos expandir esta diferença para as raças e etnias, visto que, os indígenas, originários da terra e nem os (as) escravizados (as) tragos a força de várias partes do continente africanos, não vaziam parte das divisões de bens impostas pelos portugueses através dos diversos tratados, leis e decretos da época.
Para saber mais:
LIMA, Fernando Carlos Greenhalgh de Cerqueira. In: A Lei de Cunhagem de 4 de Agosto de 1688 e a Emissão de Moeda Provincial no Brasil (1695-1702): Um Episódio da História Monetária do Brasil. R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 9(2): 385-410, mai./ago. 2005.
MAURA, Nádia Mende de. In: Goyazes e Suas Filigramas (c.1726 – 1830). São Paulo, 2018. Tese (Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Área de concentração: História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo.
OLIVEIRA, Eliézer Cardoso. In: “Vivendo sem um tostão furado!”: o uso cotidiano do dinheiro em Goiás (1808 – 1848). Revista de História Regional. Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2011. Doi: 10.5212/Rev.Hist.Reg.v.16i2.0011.
BULAD, Rubnes. In: Breve Evolução da cunhagens de moedas. Publicado em 26 de março de 2019 pelo site Numismática Castro.
Acervo
Artes Visuais
Categoria
Coleção
Código Thesaurus
Destaque no acervo
Sim