Histórico/Observação
Fragmento arquitetônico em calcário róseo trabalhado. A curva superior em asa de cesto e a ornamentação em medalhão central ladeado e encimado por volutas e cruz entre campo estriado. Formato triangular, bordas arredondadas, caneluras entre volutas. Era um elemento decorativo que fazia parte do frontispício da igreja N. Sr.ª. do Rosário dos Homens Pretos desde sua fundação na primeira metade do séc. XVIII.
Fundada em 1734 por Antônio Pereira Bahia, com provisão do bispo D. Fr. Antônio de Guadalupe para servir à comunidade afro-brasileira local. De estilo colonial, tinha duas torres e foi o segundo monumento religioso erguido em Vila Boa. Foi elevada a freguesia pela lei provincial n. 455 de 30 de setembro de 1870.
Foi refeita na década de 1930, tendo à frente dos trabalhos o engenheiro municipal, Dr. Fritz Koehler, sendo gerida pela Ordem Dominicana. Descaracterizada do seu estilo original, deu lugar ao estilo neogótico, hoje, arquitetura que sobressai em meio à harmonia do conjunto vernacular bandeirante.
O Termo de Compromisso, de 1796, da Irmandade de N. Srª do Rosário dos Homens Pretos de Vila Boa aceitava somente pretos escravizados. Dentre as diversas festividades da Irmandade estava a Entrada da Rainha que era uma festa cultuada pelos escravizados, forros e libertos no período anterior à abolição.
Para saber mais:
BRANDÃO, Antonio José da Costa. Almanach da Província de Goyaz (para o ano de 1886). Goiânia: UFG, 1978.
CURADO, Sebastião Fleury. Memórias Históricas. Goiânia: Fac-símile, 1989.
MORAES, Cristina de Cássia Pereira. Do corpo místico de Cristo: Irmandades e confrarias na Capitania de Goiás, 1736-1808. Goiânia: UFG, 2012.