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Cruz
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Metadados
Miniatura
Número de registro
Sem registro
Situação
Localizado
Denominação
Cruz
Título
Cruz do Anhanguera
Autor
Classificação
Resumo descritivo
Cruz de madeira.
Altura
300
Largura
200
Material
Técnica
Marcas/Inscrições
1746
Data de produção
Modo de aquisição
Transferência
Data de aquisição
01/01/2002
Procedência
Fonte de aquisição
Fazenda dos Casados, Catalão
Tema
Histórico/Observação
Cruz de madeira datada do séc. XVIII, adquirida pelo Museu das Bandeiras em janeiro de 2002. Ficava no pedestal próximo a Ponte da Lapa, local onde foi deixada uma réplica.
Foi encontrada no município de Catalão-GO, pelo juiz de direito Luiz Ramos de Oliveira Couto, no lugar antigamente denominado Borda da Mata, às margens do ribeiro Ouvidor, na Fazenda dos Casados, em 1914 após uma enchente. Foi reconhecida como a Cruz do Anhanguera por uma comissão de peritos e pelos informes que diziam haver na sua base a data “172...”, com o último algarismo ilegível.
A história começa no coração da cidade de Catalão, num misto de lenda e episódios reais” [FERREIRA, p. 97], havendo a partir do achado uma grande repercussão, onde foi notícia em vários jornais da época. Várias autoridades se interessaram e disputaram a posse da cruz, lançando suas ofertas, outros a desejavam para o Museu do Ipiranga, mas esbarravam nas recusas do juiz e do governador goiano. Enfim foi trazida para a Cidade de Goiás às vésperas das comemorações do centenário da cidade, que se realizaram em 1918.
Desde então foi testemunha silenciosa da passagem do tempo às margens do Rio Vermelho, e como bem disse Pinheiro, “A construção simbólica em torno da Cruz do Anhanguera faz, então, atualizar nas memórias a saga épica do descobrimento de Goiás e a fundação mítica de Vila Boa, até hoje símbolo de ‘goianidade’” [PINHEIRO, 2010].
As narrativas criadas pelos que tem o domínio do poder dão corpo a mentalidade histórica de uma época. Para entender essa dinâmica é necessário a análise de como o enredo é criado e como corrobora para a construção do imaginário social até nos tempos atuais. Para termos a certeza que esta cruz foi realmente trazida pelas bandeiras serão necessários mais estudos técnicos através das novos tecnologias científicas.
Para Saber mais:
FERREIRA, Rogério Arédio. Luiz do Couto – O poeta das letras jurídicas. Goiânia: Kelps, 2007.
PINHEIRO, Antônio César Caldas. Os Tempos míticos das cidades goianas: mitos de origem e invenção de tradições. Goiânia: Ed. da UCG, 2010.
Acervo
Artes Visuais
Categoria
Coleção
Código Thesaurus
Destaque no acervo
Sim